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Uma geléia geral a partir do cinema

Que título dar a este post? Confissão?

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Pqp HIM (o palavrão não é contra ti, entenda). Mas se eu escrevo há 40 anos sobre cinema é sempre convencido de que a vida é muito mais difícil, e não apenas mais difícil, é mais importante do que o cinema. O que me move é justamente a compaixão pelo outro, o que me faz ser até ingênuo, dando murro em ponta de faca e, às vezes, parecendo um nostálgico de 68 - nós que amávamos tanto a revolução - meio abobalhado. Nunca me passa pela cabeça que chega, 'eles' venceram, não vale a pena querer mudar o mundo. O cinema mudou minha vida, sim, e continua mudando/encantando até hoje. Se a tua divisa é a frase retirada do filme (sentimetal) de Tornatore, a minha vem de Van Gogh, na carta ao irmão Theo, quando ele diz que pinta para consolar e que a função do artista é iluminar - entenda como quiser - a miséria humana. O que tu sugeres, HIM? Que eu páre de escrever, que meu tempo passou? Sorry, camarada, mas isso não vai caber a ti decidir. Gostaria que meu último suspiro viesse num texto de amor ao cinema (e à humanidade). É mais fácil tu te cansares de mim e dos meus devaneios, deixando de acessar o blog.

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