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Uma geléia geral a partir do cinema

Que dia!

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANNES - I`m in heaven. Volta e meias eu tenho de encarnar mentalmente o Fred Astaire, cantando como ele. Estou no para[iso, no céu. Pela manhã, não havia filme da competição e eu peguei, ao azar, um filme português na Quinzena dos Realizadores. Achei 'Aquele Querido Mês de Agosto' maravilhoso. Encontrei Eduardo Valente na entrada da coletiva e ele já conhecia o diretor Miguel Gomes, que funde documentário e ficção de uma forma muito original e criativa. Adorei. Após o filme, com 2h30, e parte da coletiva, corri para uma entrevista individual com James Gray. De cara, lhe disse que ele havia roubado uma cena de 'Rocco e SEus Irmãos' para 'Two Lovers', e ele não apenas confirmou como disse que eu era o primeiro a ter notado, ou pelo menos assinalado. Conto os detalhes depois, mas Gray, de origem russa e judaica, sabe tudo - mais do que Scorsese - de cinema italiano. Visconti, Fellini ('Noites de Cabíria' é seu favorito), Rossellini, daria para ficar conversando horas com ele. Infelizmente tive de correr para a entrevista com os Dardenne, que presidiram o júri da Caméra d'Or, que eu integrava, em 2005. Foram muito carinhosos comigo, e Jean-Pierre me sapecou um beijo de amigo que me tocou muito. E agora estou indo para a fila do 'Che', de Soderbergh, que começa daqui a pouco. São 4h30 de filme. Vai terminar quase meia-noite daqui, quando a sala de imprensa já estará fechada. Amanhã eu conto, e falo também sobre 'The Chaser'. E vamos ao 'Che'!

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