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Uma geléia geral a partir do cinema

Possesso vou ficar eu

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Estou aqui em choque. Como? Bug estreou e eu nem sabia? Onde estava? Em Israel? Em Gramado? Fui olhar no Guia do Estado e não encontrei o título nacional indicado pelo Saymon, Possuídos. Já saiu? Desde Cannes, no ano passado, falei muitas vezes no filme de William Friedkin, que, a par de ser vigoroso como realização, carrega uma sofisticada metáfora sobre a violência da sociedade americana atual (e do establishment militar, em particular). Há todo um cinema americano que está clamando por revisão. Incluo nisso o Friedkin. Bug é muito forte e a versão do diretor de Cruising (Parceiros da Noite) provocou sensação no Festival de Cannes deste ano. Havia conversado com o Friedkin em Los Angeles, numa visita ao estúdio da Fox, no ano passado. O estúdio promoveu o encontro com ele, para falar sobre os 35 anos de Operação França, que ganhou o Oscar em 1971. Confesso que tinha Friedkin na conta de uma daquelas decepções do cinema de Hollywood. Achava que ele havia sido superestimado, agora acho que, na verdade, passado o impacto inicial, talvez o Friedkin tenha sido subestimado, isso sim. Tenho preguiça de ler, mas vejo que os franceses - e Cahiers du Cinéma em particular - têm o friedkin em alta conta. Ele próprio me disse que o fato de haver se tornado diretor de ópera havia mudado suas idéias sobre o cinema. Fiquei agora em dúvida. Bug/Possuídos estreou mesmo? Me esclareçam, por favor.

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