Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Pior que selva

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Não resisto a acrescentar um post falando sobre o jogo de ontem. Ou melhor, sobre suas consequências. A briga começou no próprio estádio, depois que o Corinthians despachou o Santos e torcedores e policiais quebraram o pau. Normal, né? Estava no Centro, saindo da Galeria Olido, por volta das 7 da noite, quando me chamou a atenção o movimento em um ônibus estacionado no Largo Paissandu. As pessoas saltavam lá de dentro. Minha alma de repórter não resiste a essas imagens e fui ver o que era. Torcedores da Fiel batiam em um cara lá dentro. Um deles era um monstro. O cara rodopiava numa daquelas pilastras em que a gente se segura e dava uma patada, digna de Chuck Norris, no infeliz. Quem me visse ia achar que era um velhinho doido. Corri de um lado para outro pela São João. Não havia uma viatura, um policial a quem pedir socorro. Curioso, mas no dia anterior havia uma manifestação pacífica no mesmo local - havia revisto 'Janela Indiscreta' -, no quadro do dia contra o racismo, e aí, sim, a área estava policiada. O protesto era contra o neoliberalismo e a globalização. Por que será que havia policiamento, hein? Mas o que é isso, gente? O que virou o futebol? É pior que selva. Duvido que não haja jeito de acabar com isso. Mas parece até que acham bonito. É coisa de 'macho'...

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.