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Uma geléia geral a partir do cinema

Partindo, partindo...

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

LOS ANGELES - Daqui a pouco inicio minha longa viagem de volta. Los Angeles/Atlanta/Sao Paulo. Com a diferenca de horario, saio daqui por volta do meio-dia e chego amanhah de manhah a Guarulhos. Tive de levantar bem cedo, 5h30 daqui, por causa do programa da radio. Aproveitei para zapear um pouco e revi o Superman 2, de Richard Lester, que sempre me pareceu o melhor da serie, por mais que goste da pastoral, a chegada de Superman, ainda bebeh, á Terra, criado pelo Glenn Ford, no primeiro filme, de Richard Donner. O segundo tem o humor do diretor, toda aquela coisa de Terence Stamp, na pele do general de Krypton, se chamar Zod e haver aquela confusaoh com God. Sem viadagem, mas Deus, como o Christopher Reeve era bonito, sua cena de amor com Margot Kidder eh linda e a ideia eh que o heroi naoh pode baixar a guarda porque enquanto eles se curtem no esconderijo no gelo, Zod apronta todas em Washington. Visitei o set do novo Superman, que estreia em 2013, e estou muito curioso para ver o que Zach Snyder fez. Por falar no Super-Homem, Brecht dizia que era infeliz o povo, a nacaoh, que necessita de herois. Na verdade, Brecht, movido pelo seu desejo de estranhamento (distanciamento) critico, queria instrumentos para combater a alienacaoh que escraviza o homem. A temporada dos super-herois estah comecando. No Brasil, os Vingadores desembarcam em 4 de maio, naoh sei quando serah a estreia do novo Homem-Aranha, mas provavelmente serah em junho e deverah ser por aih que o novo Batman, de Cristopher Nolan, estarah chegando as telas. Naoh sei quantos mais super-herois teremos este ano, mas, alem da aventura coletiva, muitos herois da Marvel estaraoh ganhando novos filmes deles nos proximos meses. Thor, Capitaoh America, todos com estreia para 2013 ou 14. O que seria da industria sem super-herois? O que seria dos super-homens da vida sem autores inteligentes para fazer releituras validas, originais, de suas aventuras? Por falar em calendario da industria, Gary Ross assinou o primeiro fenömeno do ano. Jogos Vorazes correspondeu á expectativa e faturou mais de US$ 300 milhoes nos EUA e outros tantos US$ 460 milhoes, por aih, no mundo todo. Ou seja, US$ 760 milhoes e a expectativa eh de que chegue a US$ 1 bi. Pois, apesar disso, e para surpresa geral, Gary Ross, o diretor/autor de Seabiscuit, anunciou anteontem que estah fora do 2. Ele anunciou que naoh poderia cumprir o cronograma da empresa produtora e distribuidora. Queria tempo para reescrever o roteiro e preparar a producaoh e isso eh impossivel no schedule que preveh o lancamento do segundo Jogos Vorazes em novembro. Naoh ficou claro para mim se eh novembro deste ano. e for, o cara estah certo, o prazo eh muito curto. Eh curto ateh para o ano que vem, o que eh pena, porque acho que Ross fez um bom trabalho no primeiro, inclusive com ressonancias (autorais?) que aproximam Jogos Vorazes de Seabiscuit, que, claro, eh melhor. Chega - vou subir para arrumar a mala e partir. O proximo post serah de Sao Paulo, espero. Comprei um livro que pretendo ler no aviaoh. Grandes diretores comentam seu primeiro filme - Pedro Almodovar, Mike Leigh, Ken Loach... A lista eh longa, e ecletica. Depois eu conto.

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