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Uma geléia geral a partir do cinema

Olhaí o Chacal chegando

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Um postezinho breve para iniciar o dia. Havia encontrado Francisco César Filho, o Chiquinho, anteontem, na pré-estréia de Meteoro, na Reserva Cultural. Ontem à tarde, ele me ligou para passar uma informação que, acredito, será do agrado de vocês. Tenho falado muito aqui no blog sobre O Chacal de Nahueltoro, de Miguel Littín, como clássico do cinema latino-americano e um dos cults da minha vida. Alguém até se irritou dizendo que, para elogiar o Chacal, não precisava denegrir o Kubrick de A Laranja Mecânica, mas a verdade é que, como já contei, em plena censura do regime militar, fui ao Uruguai para ver A Laranja, que estava propibido no Brasil, e terminei assistindo antes ao Chacal, que me marcou tanto que nunca consegui desfrutar as qualidades do filme de Kubrick, cineasta a quem admiro muito mais, pelo conjunto da obra, do que Littín. Mas, enfim, o telefonema do Chiquinho era para informar que o Chacal está confirmado no Festival de Cinema Latino-Americano que o Memorial da América Latina realiza no mês que vem. Julho também deve trazer ao Memorial a obra do cineasta mexicano Paul Leduc, que será o homenageado deste ano. Leduc tem dois grandes filmes no currículo - Reed, México Insurgente e Frida, Naturaleza Viva, sobre Frida Khalo. Nunca entrevistei Warren Beatty, mas fantasio na minha cabeça que ele assistiu a Reed, sobre o jornalista americano John Reed e sua participação na Revolução Mexicana. O filme de Paul Leduc termina com Cláudio Obregón, que faz o papel, correndo atrás de uma carroça que representa a revolução. A cena marca o momento em que o jornalista vira homem de ação, revolucionário. Reds, do Warren Beatty, sobre Reed na Revolução Russa, começa com outra corrida do personagem. Não consigo acreditar que seja mera coincidência.

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