Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

O Suspeito

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Um post rapidinho, porque preciso circular. Fui ver ontem 'O Suspeito', de Havin Hood, o diretor de 'Tsotsi', que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. Não vou dizer que gostei de 'O Suspeito', mas gostei de ver o filme, cuja estrutura me pareceu bem interessante. Um sujeito é preso sem garantias legais. Suspeito de terrorismo, é submetido a torturas. Lá pelas tantas, ele confessa e você pode até pensar - ah, mas então o cara é culpado, não é inocente? E se fosse culpado, como admite, todo aquele horror seria tolerável? A coisa fica mais complexa e é a partir daí que o filme de Gavin Hood ganha em intensidade. Não engoli completamente o excesso de consciência de um personagem-chave, mas acho que é o preço que o filme paga por ser do bem, contra Bush filho (olha aí eu falando mal dele, de novo, ó Fábio). Mas o que me deixou siderado em 'O Suspeito' foi a Meryl Streep. Ela é a diretora da CIA que determina se um sujeito pode ser varrido do mapa em nome da segurança nacional. Meryl era ótima como a jornalista em crise de 'Leões e Cordeiros', acuando o senador Tom Cruise. Pois ela é melhor ainda fazendo aqui uma personagem que não comporta outra definição - me desculpem a grosseria, mas é uma vaca.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.