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Uma geléia geral a partir do cinema

O 'Lugar' de Duda Valente é em Cannes

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Em Berlim, ouvi não poucas (e boas) discussões de Silvana Arantes e José Carlos Avellar, ambos admiradores de 'No Meu Lugar', sobre o longa de Eduardo Valente, cuja gestação acompanho desde que ele se chamava 'Vórtice' e foi submetido a uma comissão de desenvolvimento de roteiros da Petrobrás, que integrei nem me lembro mais quando. Eduardo (Duda) Valente é crítico e cineasta, não curte a fórmula das tramas multiplicadas que está na essência do cinema do mexicano Alejandro González-Iñárritu e também tem batido no excesso de filmes brasileiros ambientados em favelas. Isso não impede que seu filme tenha multiplot e personagem que vive na favela. É contradição do Valente? Pode até ser, mas confesso que estou na maior fissura para ver 'No Meu Lugar'. Como diretor vitorioso da Palma do Curta na Cinéfondation, com 'Um Sol Alaranjado', Duda Valente teria direito a colocar seu longa de estréia na seleção oficial de Cannes. A lista divulgada na semana passada não incluía 'No Meu Lugar', daí o 'teria'. O próprio Duda deixou um comentário aqui no blog pedindo que esperasse mais um pouco, porque ainda faltavam títulos da programação. O filme dele foi confirmado e irá a Cannes, com direito a sessão especial na mostra principal (mas não competindo). Silvana e Avellar haviam visto 'No Meu Lugar' acho que em Tiradentes, em janeiro. Confesso que estou 'nos cascos', como se diz. Os curtas de Vera Egito, os longas de Heitor Dhalia e Duda Valente. Mesmo sem concorrer à Palma, o Brasil leva jeito de fazer bonito na Croisette. Tomara!

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