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Uma geléia geral a partir do cinema

Música (1)

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Estou em estado de graça desde ontem à noite, quando vi o show de Caetano e Moreno Veloso no Sesc Pinheiros. Foi a abertura do evento Pais e Filhos, que, como diz o nome, vai reunir artistas unidos pelo sangue, além da sensibilidade musical. Um banquinho e um violão ainda fazem a graça quando servem de moldura para Cae e Moreno.O filho toca (violão e pandeiro)e canta com o mesmo mel na voz do pai, sem estar clonando, como Maria Rita faz tantas vezes em relação a Elis Regina. Um número como Noche de Ronda leva o ouvinte direto para o céu. E o show teve aquela árvore de fundo que, sinceramente, não sei é recurso do show de ontem ou estará presente em toda a série. Aquilo me pareceu cinema puro, um pouco pelas modulações da luz, mas principalmente pelas referências. A árvore de O Sacrifício, a de Mãe e Filho e Pai e Filho, mas principalmente as árvores do Kiorastami. Humberto Mauro dizia que o cinema é cachoeira. Pode ser também uma árvore como aquela que faz o fundo para que Caetano e Moreno conversem - e cantem. Uma conversa meio jogada fora, mas comovente, de pai e filho. Gostei demais.

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