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Uma geléia geral a partir do cinema

Mojica em Veneza (2)

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Paulo Santos não entendeu o espírito da coisa. José Mojica Marins não precisa de mim para defendê-lo internacionalmente. Já existe um culto, e muito sólido, a ele, concordo. Ontem, quando conversávamos no CineSesc, Mojica me disse com a maior naturalidade que precisou de 40 anos de carreira para ter 50 capas no Brasil e que teve isso em um mês nos EUA, graças ao sucesso de Coffin Joe, o nosso Zé do Caixão. Estou falando em termos do jornal em que trabalho, Paulo, e ele é o único que me interessa, não o teu quintal - sem ofensa -, nem qualquer outro jornal brasileiro ou estrangeiro. Aqui, se não apenas eu, mas o Zanin, meu colega Luiz Zanin Oricchio, quisermos esculhambar o Mojica - como tantos jornais gostam de fazer com outros personagens, ou autores -, ele não é capa. Para isso, temos credibilidade junto a nossos editores, que confiam na gente. E é aqui, na capa do meu jornal, que quero defendê-lo. Espero fazê-lo da forma inteligente como o filme merece, porque burrice o papel - como a internet - aceita muita. Será que ficou raivoso? Espero que não... Para atenuar um pouco - e para provar que também acho que Mojica, sob certos aspectos, não precisa de defesa -, quando Eli Roth esteve no Brasil para o lançamento de 'O Albergue', fiquei uma meia-hora com ele. Cinco ou dez minutos foram sobre 'Hostel', propriamente dito, e o restante sobre Mojica, que o Roth considera um mestre, mas isso não conta muito, porque o Roth, tadinho, ainda tem um longo caminho a percorrer para chegar a Coffin Eli.

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