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Uma geléia geral a partir do cinema

Miss Potter

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Acabo de assistir a Miss Potter e confesso que fiquei mais afim de falar do filme do Chris Noonan, que estréia em abril, do que dos novos filmes que estão entrando hoje em cartaz. Chris Noonan fez Babe, o Porquinho Atrapalhado, que eu confesso que acho um encanto. Gostei de Miss Potter, que conta a história da escritora Beatrix Potter, que eu nem sabia que era tudo isso - a que mais vendeu literatura infantil em todos os tempos. É uma história na qual ocorre um monte de coisas, mas narrada de um jeito que parece que não acontece nada. São pequenos movimentos. Ela é solteirona, numa época em que as mulheres se afirmam pelo casamento. Vive cercada de amigos - os animais que cria em suas histórias. Encontra o editor que lhe dedica atenção e por quem se apaixona, mas seus pais, especialmente a mãe, são contra. Isso é só metade da trama e os temas prosseguem com perda, morte, recomeço - um monte de coisas para apenas 90 minutos de filme. Adorei! É tudo tão sensível e delicado, Renee Zellwegrer, que faz o papel, e Emily Watson são tão boas. Não tive como resistir. E ainda tem o toque particular de Chris Noonan. As histórias tratam de coelhos, patos (uma pata) e porquinhos (claro). Renee/Miss Potter faz também as ilustrações. Elas adquirem vida por breves momentos, graças à animação. É um recurso muito bem usado, com economia.Vamos poder falar do filme, quando estrear. Agora é só um briefing. Fiquem de olho em Miss Potter. É mais um nessa seqüência bem sucedida de filmes que exploram a criação literária - Em Busca da Terra do Nunca e Mais Estranho Que a Ficção, os dois de Marc Foster. Todos tratam também do mistério da morte, mas isso ficará para mais tarde.

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