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Uma geléia geral a partir do cinema

Michael Crichton

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Não sei nem se minha série sobre Jonathan Demme está agradando, mas vou fazer um intervalo para falar sobre Michael Crichton. Ele morreu em Los Angeles, de câncer, aos 66 anos. Crichton é o autor do best seller 'Parque dos Dinossauros', que originou a série de Steven Spielberg, e também escreveu 'Assédio Sexual', que virou filme de Barry Levinson, bem ruinzinho, por sinal, com Michael Douglas resistindo - logo ele, com fama de priáprico - aos avanços de Demi Moore. Sou capaz de ir ao inferno para defender o Spielberg da trilogia formada por 'O Terminal', 'Guerra dos Mundos' e 'Munique', mas a série dos 'Dinossauros' não me motiva muito (e eu gosto mesmo, só para ser do contra, é do terceiro, que Spielberg não dirigiu). Mas tenho lá pelo meu carinho pelo Michael Crichton, e ele se deve principalmente a 'Westworld, Onde Ninguém Tem Alma', aquela fantasia estrelada por Richard Benjamin como um sujeito que vai para um parque temático de faroeste, os robôs enlouquecem - quer, dizer, escapam ao controle - e ele passa a ser perseguido por Yul Brynner, que veste de novo a roupa do pistoleiro de 'Sete Homens e Um Destino', de John Sturges. Não consigo me interessar muito por 'Coma', que Crichton adaptou de outro autor, Robin Cook, nem de 'Runaway, Fora de Controle', com Tom Selleck, que marcou seu retorno ao tema das máquinas assassinas. Em compensação, 'O Primeiro Assalto de Trem', com Sean Connery e Donald Sutherland, era bem divertido e Crichton escreveu também o roteiro do piloto de 'Plantão Médico'. Não diria que foi um grande escritor e, menos ainda, um grande cineasta, mas ele vendia bem, aliás, se vendia bem e, no limite, me proporcionou algum prazer no cinema. Que vá em paz.

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