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Uma geléia geral a partir do cinema

Marthe Keller

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Meu colega e editor em exercício João Luiz Sampaio -Ubiratan Brasil está na Flip - abismou-se ao constatar que tenho cerca de 4 mil comentários à espera de validação aqui no blog. Confesso que é uma coisa que me incomoda. Sempre que abro o blog para postar, a informação me aparece, mas o problema é que os comentários entram na minha caixa como e-mails e eu tenho de mantê-la limpa, senão bloqueia o sistema. Juro que não tenho 4 mil comentários visíveis para validar, mas também não sei onde foram parar, sorry. Na verdade, desviei o assunto, porque ia reclamar justamente do João Luiz. O cachorro - perdão, é meu editor e isso pode dar justa causa, configurando desrespeito hierárquico - simplesmente não me avisou que havia ontem um concerto de Michael Jarrel na Sala São Paulo, 'Cassandre'. É uma peça para orquestra e narrador e o narrador, ou melhor, a narradora, era Marthe Keller. Como? Bastou o João me comentar hoje como foi maravilhoso para que meus ouvidos imediatamente fossem inundados pelo som da voz de Marthe em 'Fedora', a retomada de 'Sunset Boulevardf', O Crepúsculo dos Deuses, pelo próprio Billy Wilder. Marthe Keller! Ultimamente, ela tem feito TV, muita TV, quase que só séries e telefilmes, mas nos anos 1960 e 70 posso citar um monte de filmes em que a adorava, desde 'O Diabo pela Cauda', de Philippe De Broca, até aquele Sidney Pollack, 'Bobby Deerfield', que no Brasil teve um título como 'Uma Vida, Um Momento' (ou o inverso), passando por 'n' thrillers e disaster movies - 'Funeral em Berlim', de Guy Hamilton; 'Maratona da Morte', de John Schlesinger; e 'Domingo Negro', de John Frankenheimer (em que ela faz uma gélida terrorista árabe que Robert Shaw não tem coragem de matar e depois se arrepende disso; o filme é o ó, mas a atriz é o ah!). A peça de Jarrel foi criada, ou pelo menos apresentada pela primeira vez na Europa por Marthe, mas quem deveria ter vindo ao Brasil era Fanny Ardant, que cancelou na última hora e Marthe veio meio que para apagar incêndio, mas João disse que ela foi sublime. Acredito e lamento essa oportunidade rara, agora perdida. E o 'Caderno 2' nem deu matéria!

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