Estou em Guarulhos, postando rapidinho. Daqui a pouco embarco para Paris, onde faço conexão para Nice. A previsão é de chegar a Cannes amanhã à tarde, na véspera da abertura do 61º festival, com a gala de 'Ensaio sobre a Cegueira' - 'Blindness, no mercado internacional -, do Fernando Meirelles. Somente hoje, ao redigir os textos de apresentação do evento para o 'Caderno 2', fui checar a lista de concorrentes e descobri que meu querido James Gray tem filme na competição e também que Emir Kusturica vai apresentar, fora de concurso, seu documentário sobre Maradona. A relação de filmes brasileiros não faz senão aumentar. Agora tem também o documentáro de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, 'A Invenção do Samba', na mostra 'Cinéma à la Plage', mais os quatro curtas distribuídos por diferentes seções - Semana da Crítica, Quinzena dos Realizadores, Cinéfondation. Teremos Rodrigo Santoro com dois filmes 'estrangeiros', o argentino 'Leonera' - mas a produção deste é associada com a Videofilmes - e o Che do Soderbergh. Alice Braga também volta à Coisette com 'Blindness'. E tem o Vinicius Oliveira, de 'Central do Brasil', jogando um bolão - é o que me asseguram - em 'Linha de Passe', de Walter Salles e Daniela Thomas. Tudo isso e mais a homenagem que o festival mostra, em Cannes Classics, à mostra de 68, interrompida pela ação de guerrilheiros da imagem como Godard, Truffaut, Polanski, Saura... Trabalho é o que não me falta nos próximos dias, mas vou feliz da vida. Tanta coisa para ver, tanta gente bacana para entrevistar. Que seja um grande festival.