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Uma geléia geral a partir do cinema

Kate Hansen

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Fui dar uma olhada nos comentários e encontrei o da Cláudia, no post sobre Carlos Coimbra. Claudia reclama que não está claro se gosto de Independência ou Morte! É o que dá tentar ser mais objetivo. Convivi um certo tempo com o Coimbra e pude ver quanto o amargurava a deturpação do sentido da obra que ele quis criar em 1972. Foi isso que quis colocar. Acho Independência ou Morte! legal, claro, mas não consigo ser o maior defensor do filme porque, comparativamente, mesmo não achando que o Coimbra fosse desonesto, ou homem da ditadura, também preferia Os Inconfidentes e a Iracema do Bodanzky à dele. E confesso que meu problema com Independência ou Morte! é uma coisa muito pessoal. Dizia para o Coimbra e ele achava graça. Seu Dom Pedro é louco de pedra. Tudo bem que o Tarcísio Meira era (é) casado com Glória Menezes e a mística do casal, aos olhos do público, favorece a paixão do imperador pela Marquesa de Santos. Mas como um homem casado com uma Leopoldina interpretada pela Kate Hansen - uma deusa e o Khouri, depois, fez com Lilian Lemmertz e ela o filme que tem este título mais do que justificado, As Deusas - pode-se deixar seduzir por outra que não é tão deslumbrante? O Coimbra se divertia, mas eu cobrava dele - por que não escolheste uma Leopoldina mais feinha? Ia ser mais fácil, para mim, pelo menos, aceitar a 'dramaturgia' de Independência ou Morte!

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