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Uma geléia geral a partir do cinema

John Carpenter, príncipe das sombras?

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Quem foi que me pediu um post sobre John Carpenter? Confesso que não sou o maior fã do mundo do diretor. Gosto de sua fantasia científica 'Starman - O Homem das Estrelas', com Jeff Bridges e Karen Allen, mesmo reconhecendo que é filhote de 'ET', com a mesma idpéia da 'estrutura' - o sistema, o Exército - que tenta se apossar do alienígena. Gosto médio de seus filmes de ação. Achei 'Fuga de Nova York' legal, mas nunca mais revi o filme, e a outra 'Fuga', de Los Angeles, era de lascar de ruim. Em, compensação, mesmo com o risco de ser chamado de pateta, sempre tive imenso prazer de assistir a 'Os Aventureiros do Bairro Proibido', que devo ter visto umas 200 vezes na TV. Cada vez que eu zapeava e caía no filme com Kurt Russell - e teve uma época em que ele passava dia sim, dia não na TV paga - eu não resistia e me entregava à aventura. Já o terror de Carpenter... 'Halloween', o primeiro, foi aquela sensação - um filme de US$ 200 e poucos mil que rendeu US$ 50 milhões, uma das maiores proporções de custo/benefício da história - e tem criativos toques hitchcockianos, mas 'O Enigma do Outro Mundo', 'Fog - A Bruma Assassina', 'Christine', 'À Beira da Loucura', 'Vampiros de John Carpenter - que chique, não?, ter nome no título - e 'Fantasmas de Marte' têm passagem livre por mim. O remake de 'Aldeia dos Amaldiçoados' não me produziu um décimo do frisson do original de Wolf Rilla - mas pode ser que isso se deva ao fato de eu ser muito jovem e, portanto, mais sugestionável quando assisti ao filme antigo, com 15 anos, por aí. Gosto de 'Eles Vivem', o 'Vampiros de Almas' de Carpenter, do qual ele fez também a música, mas, para prosseguir nesta seara, acho sua cinebiografia de Elvis o ó do borogodó. Já a piada no terror de 'À Beira da Loucura' é hilária - levado para o hospício, o escritor Sam Neill considera sua msior tortura a música dos Carpenters, que é forçado a ouvir. Muito engraçado, realmente (é ironia, viram?). Na verdade, sempre achei Carpenter pretensioso e o seu terror secundário em relação ao de George Romero. As sucessivas abordagens de mortos-vivos nos filmes do outro me parecem possuir uma riqueza cênica e metafórica muito maior, como forma de refletir sobre diferentes momentos da vida norte-americana. Mas pode ser que me engane. Vejamos o que VOCÊS têm a me dizer sobre John Carpenter...

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