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Uma geléia geral a partir do cinema

Italianos, 'brava gente'

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Encontrei meu amigo Ernesto Barros, do Recife, na junket de 'Velozes e Furiosos 5' e ele me deu uma notícia que me deixou muito feliz. Em maio, a Platina lança 'A Longa Noite de Loucuras', de Mauro Bolognini, com roteiro de Pier Paolo Pasolini e aquele elenco (Laurent Terzieff, Franco Interlenghi, Tomás Milián, Jean-Claude Brialy e as sexy Rossana Schiaffino, Antonella Lualdi, Elsa Martinelli, Mylene Démongeot e Anna Maria Ferrero, todas rodando a bolsinha nas ruas mais infames de Roma). Embora nem me passe pela cabeça minimizar a importância do roteiro de Pasolini, me irrita um pouco quando as virtudes de 'La Notte Brava', título original (e de 'O Belo Antônio' e 'Um Dia de Enlouquecer') são atribuídas a Pasolini, como se Bolognini fosse zero à esquerda. Tem gente que nem se lembra de que ele também escreveu 'As Noites de Cabíria' porque lá, afinal, era Federico Fellini, mas por que insistir tanto na co-autoria com Bolognini? De qualquer maneira, aleluia! Só me resta esperar que a própria Platina ou Versátil tragam também 'La Viaccia', Caminho Amargo, 'Senilità', Desejo Que Atormenta, e 'Arrangiatevi!', A Casa Intolerante, que são os 'meus' Bologninis do coração. 'A Casa Intolerante' bem poderia integrar a mostra de comédias italianas que começa terça-feira na Caixa Econômica Federal. Estou contente pela oportunidade de poder voltar a falar sobre a comédia italiana, mas confesso que a mostra, proporcionalmente, tem Mario Monicelli demais (6 filmes) contra poucos Pietro Germi e Dino Risi (um de cada).  Há tempos quero rever 'Divórcio à Italiana', mas, por mais que goste de 'Aquele Que Sabe Viver', preferiria outro Risi, o de 'Férias à Italiana'. Nunca revi o filme com Enrico Maria Salerno e Sandra Milo, que no meu imaginário é muito bacana. Será mesmo ou construí um filme ideal para amar?

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