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Uma geléia geral a partir do cinema

Hotel Meina

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Decepcionante. Fui ver ontem 'Hotel Meina', de Carlo Lizzani, no Cine Bombril, e o achei, até agora, o pior filme do evento Venezia Cinema Italiano 3. A única coisa é que ontem eu reclamei de não encontrar nenhum coleguinha nessas sessões e topei com dois - Vilmar Ledesma (gaúcho, tchê!) e Orlando Margarido. Lizzani tem alguns filmes interessantes no currículo - e eu gosto de três, 'Os Amantes de Florença', adaptado de Vasco Pratolini, o spaghetti western 'Réquiem para Matar' ( Requiescant) e o melhor de todos, 'Fontamara', baseado no romance de Ignazio Silone, que é ainda melhor (o livro) -, mas o cara errou a mão nessa história sobre judeus num hotel ocupado por nazistas em Lago Maggiore, na Itália de 1943. Além de escolhas estéticas equivocadas - o que são aquelas imagens dos corpos conservados intactos, dez anos depois, boiando no lago? -, Lizzani não conseguiu imprimir a menor emoção à sua história. Êta, filme ruim! Lizzani, reminiscente do neo-realismo, deve ser, aos 85 anos, um dos mais velhos diretores em atividade na Itália. Será o mais velho? Não, Monicelli é mais (e deve ter passado dos 90 anos). Não sei não se o Lizzani ainda tem tempo de se recuperar e recomeçar com alguma coisa boa.

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