Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Festival de Tiradentes

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Espero ter mais sorte agora do que de manhã. Fiquei uma hora e meia tentando postar no Centro de Conveniência Digital do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, super-moderno e funcional, com mais de uma dezena de terminais e vários pontos para plugar o laptop, mas que, na realidade, não me serviu para nada, porque, ao salvar, perdi, invariavelmente, todos os posts que escrevi. A tecnologia tem dessas coisas. Enfim, estou em São Paulo, de volta do Festival de Tiradentes, pelo qual tenho um carinho todo especial. Por que? Por causa da paisagem das cidades mnineiras, que adoro, por causa do carinho que sempre recebo das meninas que criaram o festival (Raquel, Fernanda, todo o pessoal da Universo Produções), mas, principalmente, porque não encontro em nenhum outro festival (Brasília, Gramado ou Recife) esta vontade tão forte de discutir as grandes questões do cinema brasileiro. É a garotada que compõe a maioria do público. Jovens estudantes de cinema, de comunicação, jovens cinéfilos de várias faculdades e universidades, gente que participa, discute, que tem opinião e sabe formulá-la. Gosto demais. Tivemos ontem o nosso debate, Inácio Araújo, Luiz Zanin Oricchio, Pedro Butcher e eu, para discutir as formas e dilemas da representação no cinema brasileiro da retomada. No final, discutimos mais a economia que a estética, com muitas críticas à Globo Filmes - que se serve mais do que serve ao cinema nacional, ponto importante, ao qual terei de voltar, mas agora quero postar outras coisas e, assim, só vou lamentar as chuvas que, este ano, impediram quase todas as sessões na praça, que são a coisa mais linda do mundo (a exemplo do que me dizem que ocorre em Locarno, aonde nunca fui). As chuvas intermitentes levaram as sessões da praça para o Cine-Tenda, com exceção de Noel, o Poeta da Vila, ao qual não assisti de novo em Tiradentes, mas que me disseram que as pessoas, emcionadas, começaram espontaneamente a dançar. Imagino a felicidade do Ricardo Van Steen, que fez um filme tão bonito. Tiradentes, dez anos de festival. Espero que dure cem, e com o mesmo entusiasmo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.