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Uma geléia geral a partir do cinema

Festival de Israel

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Integrei no ano passado, e como presidente, o júri do Festival do Cinema Brasileiro de Israel. Foi uma bela experiência e eu vivi um momento especial ao assistir a 'Vinicius de Moraes', o documentário de Miguel Faria Jr., em Ramallah. Passar aquele posto de controle de fronteira e ingressar na Cisjordânia me tocou de uma maneira que seria muito extensa (e complicada) de explicar, mas valeu. Acho que a experiência me enriqueceu muito para valorizar 'A Valsa de Bachir', animação a que assisti em Cannes e que - espero - seja exibida no Festival do Rio e na Mostra de São Paulo. Meu amigo Schlomo, que organiza o festival, está de volta no Brasil. Veio justamente para os dois eventos a que me referi, o Festival do Rio e a Mostra. Ele acaba de me telefonar - estou na redação do 'Estado' - para dar notícias. E me contou as novidades. 'Mutum', de Sandra Kogut, um dos filmes que pleiteiam hoje a indicação brasileira para o Oscar - o anúncio do vencedor será feito às 14h30 -, ganhou a mostra competitiva de ficção. Na mostra de documentários, o júri integrado por três mulheres, incluindo a diretora do Festival Internacional de Documentários de Tel-Aviv, não se tocou com 'Jogo de Cena', de Eduardo Coutinho, e deu seu prêmio para 'Operação Condor', de Roberto Mader. Schlomo não faz nenhum juízo de valor. Apenas fornece a informação. Ele já levou outros documentários do grande Coutinho ao festival de Israel. Ele (Coutinho) nunca é entendido. É um artista tão imenso que me escandaliza o fato de publicações especializadas como 'Cahiers du Cinéma' ou mesmo 'Positif' não analisarem sua obra. Será que também não entendem?

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