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Uma geléia geral a partir do cinema

Edifício Yacoubian

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Já que falei no júri dos críticos independentes (e nos dependentes), lá vou eu falar do oficial, que atribui hoje à noite o prêmio Bandeira Paulista. Nunca li Contardo Calligaris, o que admito que pode ser uma falha de minha formação. Mas me informam que ele, jurado da 30ª Mostra, comenta hoje na sua coluna na concorrência dois filmes entre os 14 mais (selecionados pelo público). Contardo diz que gostou bastante de Shortbus e O Edifício Yacoubian. Shortbus, é? Hummm, não vou comentar... Já O Edifício Yacoubian me agradou bastante. O filme de Marwan Hamed venceu os festivais de Tribeca, Nova York e Montreal. Filme mais caro já feito no Egito, também é o maior sucesso da história do cinema no país de Youssef Chahine. O próprio livro em que se baseia, de Ala As Aswani, ouço dizer que também é um best seller no Egito. Flávia Guerra, nossa brilhante repórter do Caderno 2, estava lá quando o filme estreou e conta que o público formava filas de quarteirões para ver o filme. O tal edifício existe, fica no centro do Cairo e vira metáfora da sociedade egípcia.Os personagens formam um compêndio de problemas psicossexais (um pouco menos que os de Shortbus, liberados, aleluia!, it's raining men, pelo falus). O filme tem, entre outras coisas, corrupção, homossexualismo. Para os egípcios, tudo isso parece mais forte que para nós. Mas O Edifício é bom. Imagino que, com um apoio público desses, suas chances cresçam no troféu Bandeira Paulista.

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