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Uma geléia geral a partir do cinema

E 'Walkyrie'?

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

PARIS - Eis-me de volta a Paris. Está um frio do cão. Mesmo com camiseta, camisa de manga comprida, blusa de lã e o casaco mais grosso que tenho, o vento aqui está mais forte que o minuano. Não importa o sol azul nem o sol. O vento passa pela roupa e enregela até a alma, mas todo esse frio é preferível aos cinco dias de chuva em Lisboa. Acabo de ver 'Walkyrie'. Tinha muita expectativa pelo filme de Bryan Singer com Tom Cruise, mesmo alertado - pela biografia não autorizada do astro - de que poderia ser uma obra de encomenda para melhorar a imagem da Cientologia na Alemanha. O filme simplesmente não funciona, ou não funcionou comigo. Singer adotou o formato do thriller, acompanhando minuto a minuto a deflagração do complô contra Adolf Hitler. Me lembrei de 'Topázio', que não é um grande Alfred Hitchcock. Lá, também sabíamos o resultado da crise dos mísseis, mas o mestre, que não era bobo, criava várias subtramas para estimular o suspense, independentemente do desfecho da história. Ainda estou meio desconcertado. Não sei que filme estava esperando, mas com certeza não foi o que vi. Uma discussão mais moral, ou política, sobre as motivações, sei lá, alguma coisa menos morna. Vi o filme gelado, sem sentir o mínimo de emoção. Decepcionante.

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