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Uma geléia geral a partir do cinema

E Papai Noel?

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Acho muito divertido que eu faça minhas provocações - Mademoiselle Huppert manipulou para premiar seu querido Michael Haneke - e vocês reajam de forma tão apaixonada e contradizente. Um diz que todo mundo sabe que ela queria premiar 'Anticristo', outra diz que nunca saberemos o que se passa num júri, um terceiro chega a sugerir que James Gray foi o vilão de nossa história... De minha parte, só acho curiosa a 'coincidência'. Haneke é figurinha carimbada em Cannes, faz filmes que sempre repercutem, há anos disputa a Palma de Ouro, mas só ganhou quando sua atriz fetiche presidia o júri. Ah, mas que bom que vocês me informam que a Isabelle estava contra ele e foi 'derrotada' por seus colegas de júri. Tadinha, agora, sim, fico tranquilo e acho que o prêmio foi isento... Do que mais vocês vão tentar me convencer? Quem sabe de que o Papai Noel existe? Ou o coelhinha de Páscoa? De volta a 'A Fita Branca', mesmo quando levanto dúvidas sobre a validade da Palma - mais ou menos como a vitória de Michael Moore, com 'Fahrenheit 451', quando Quentin Tarantino presidia o júri; foi outro que não 'manipulou'... -, quero dizer que normalmente não gosto de Haneke e gostei deste filme, só que haviam melhores. Por falar em melhores, fecho com a Adélia. 'Clamor do Sexo' é o melhor filme de Kazan, o meu preferido pelo menos. E, sim, ele dirigiu 'America, America', que no Brasil se chamou 'Terra do Sonho Distante', com Stathis Giallelis. É um dos mais belos filmes sobre imigrantes da história do cinema. Nunca o revi. Devo ter visto só quando estreou, nos anos 1960, mas a lembrança é tão forte que, até hoje, me lembro de cenas inteiras.

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