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Uma geléia geral a partir do cinema

É hoje

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

É meu primeiro domingo em São Paulo, depois de muitas semanas, e eu fiz o que sempre faço neste dia. Vim ao centro e dei uma passada na igreja dos Pretos, no Largo Paissandu. Cheguei na hora da celebração, da eucaristia, que acho que, por respeito, a gente tem de escrever com maiúscula, Eucaristia, independentemente de crer (ou não). Na segunda-feira, em Paris, havia ido a Notre Dame e é engraçado, mas quando estou numa dessas igrejas sempre me lembro da outra. E me lembro de Irmão Sol, Irmã Lua, do Zeffirelli, um diretor decorativo, medíocre, que não aprendeu muito com Visconti, mas que sempre me acompanha. Gosto de A Megera Domada, com Richard Burton e Elizabeth Taylor, e tem alguma coisa que me emociona em Irmão Sol, Irmã Lua. É a montagem paralela das missas na igreja tradicional, onde estão a nobreza e os pais de Francisco, e na outra, que o Poverello e seus seguidores construíram com o próprio esforço. Uma missa formal, vazia, sem alma. A outra cheia de fervor religioso, com todos aqueles bichos que participam da celebração. Vou muito a Notre Dame, sempre que estou em Paris, mas aquela catedral, mesmo em horário de missa, é um entra-e-sai tão grande de gente que só quer ver que acho que ninguém reza de verdade. Na igrejinha do Paissandu, pelo contrário, a maioria dos freqüentadores é de afro-descendentes, muita gente idosa, e você sente a devoção. Enfim, saí da igreja e vim postar aqui na São João. Chegamos ao grande dia. O Oscar! Quero ver se publico alguns posts ao longo do dia, mas não sei se durante a cerimônia de entrega dos prêmios da Academia de Hollywood estarei disponível para conversar com vocês. Vou estar no jornal, de plantão, e é sempre uma edição estressante (não estou reclamando, só comentando - adoro um estresse), porque existem dois ou três horários de fechamento, de acordo com a rodagem do jornal, e a gente fica sempre mudando a edição. É hoje! Mas vamos para o próximo post.

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