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Uma geléia geral a partir do cinema

DVD (2)

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

'Cahiers' saúda como grande lançamento do mês de novembro, em DVD, na França, uma caixa com quatro filmes de Douglas Sirk, incluindo os dois últimos realizados pelo mestre - 'Tempo para Amar e Tempo para Morrer' e 'Imitação da Vida'. Grande Sirk - ele é uma das lacunas para os cinéfilos brasileiros que nem a Aurora, na sua breve vida, nem a Versátil se preocuparam em preencher. Por falar na Versátil, além de mais dois Truffauts ('As Duas Inglesas e o Amor' e 'O Último Metrô'), a marca está lançando a minissérie 'Cristóvão Colombo', com cinco horas de duração, que Alberto Lattuada realizou em 1985 para a RAI, mais dois filmes da Coleção Romy Schneider - 'Monpti', dirigido por Helmut Kautner, e 'O Imperador e a Padeira', de Ernst Marischka, que também fez a série 'Sissi', que consagrou a jovem Romy, bem antes de ela virar preferida de grandes diretores (Claude Sautet, Luchino Visconti, Bertrand Tavernier, Andrzej Zulawski e tantos outros). Lattuada foi um nome importante do neo-realismo, embora, a rigor, ele seja anterior ao movimento que irrompeu no cinema italiano após a 2ª Guerra, tendo surgido no 'caligrafismo', ao qual também pertenceu Mario Soldati. A rigor, Lattuada fez poucos filmes neo-realistas, sendo mais famoso pelo erotismo de seus perfis de adolescentes nos anos 50 e 60. Mais do que a Guendalina de Jacqueline Sassard, confesso que me impressionava a Catherine Spaak de 'I Dolci Inganni', que nunca me lembro como se chamou em português. Em fim de carreira, sem espaço no cinema italiano, Lattuada foi fazer minisséries de prestígio na RAI. Seu Cristóvão Colombo é Gabriel Byrne e talvez seja interessante compará-lo aos de Ridley Scott e George Pan Cosmatos, isso porque o de Manoel de Oliveira foge completamente ao padrão das cinebiografias (e Cristóvão Colombo - O Enigma nem é um dos filmes mais importantes do diretor português. Aliás, para dizer a verdade, achei um Oliveira bem constrangedor.)

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