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Uma geléia geral a partir do cinema

'Duelo de Titãs'!

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Tinha textos para a edição de amanhã do 'Caderno 2', que incluíam entrevista com José Alvarenga Jr, sobre o sucesso de 'Cilada.com', que deve atingir amanhã a marca de 1 milhão de espectadores. Mas teria sido uma manhã mais tranquila se, zapeando na TV paga, eu não tivesse caído em... 'Duelo de Titas'. O western de John Sturges com Kirk Douglas e Anthony Quinn, sobre o qual tantos de voces manifestaram entusiasmo nos últimos dias, estava no Telecine Cult. Vi inteirinho, do começo, às 9h45, ao fim, às 11h30. Puta filme, não? E pensar que tantos críticos colocavam sob suspeita o cinema de Sturges, criticando justamente seu profissionaliosmo, o savoir faire, que se traduziria, segundo eles, em espetáculos 'fabricados', fossem westerns como 'Sem Lei sem Alma' e 'Duelo', ou aventuras de guerra, como 'Fugindo do Inferno'. Até admiradores, como Jean Tulard, fazem suas restrições e, no 'Dicionário de Cinema', ele considera 'Duelo', Last Train from Gun Hill, demasiadamente influenciado por High Noon'1, Matar ou Morrer, de Fred Zinnemann, uma acusação que também se faz, e mais ainda, a 13:10 to Yuma', a versão de Delmer Daves ('Galante e Sanguinário', com Glenn Ford e Van Heflin). Não desgrudei o olho e, além do carisma da dupla principal, o embate Douglas/Quinn, fiquei pensando quanto gostava de Carolyn Jones, repassando mentalmente seus papeis. Mas eu confesso que, o tempo todo, estava esperando por aquilo que vocês sinalizaram, a fala final de Quinn. Moribundo, ele pergunta ao ex-amigo como se chama seu filho. Douglas responde - 'Petey'. A fala de Quinn - 'That's it. Petey. Raise him good.' Crie-o para o bem. Chorei feito um condenado.

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