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Uma geléia geral a partir do cinema

'Dominguinhos'

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

RIO - Sinto muito, mas não estou conseguindo cobrar o Festival do Rio, no blog, como gostaria. Fiquei dois dias de moilho, sem poder digitar, por causa do cateterismo, mais um em que fui a Belo Horizonte e fora estes três dias tenho visto filmes e feito muitas entrevistas. O festival, por ser maior - quase 30 mostras e sei lá quantos pontos de exibição, uns 20 -, é também mais dispersiva do que a Mostra de São Paulo er os deslocamentos do centro para Botafogo, Copacabana e o Leblon têm me consumido bastante. Não me queixo - adoro a correria -, só tento explicar porque tenho postado pouco. Ontem, ainda havia a questão da jusatificativa de voto e eu não trouxe meu título, o que me forçou a uma boa meia-hora de pesquisa na internet. Mas consegui ver 'Se Nada Mais Der Certo', o novo longa de José Eduardo Belmonte, que me desconcertou um pouco pela estrutura - e me estimulou por isso, também -, mas a verdade é que foram os personagens que me atraíram e eu terminei achando o filme muito mais interessante do que 'A Concepção', que havia achado horrível, com aquela gente toda por quem não me interessei (embora o elenco fosse repleto de gente que admiro). Vi o filme à tarde e, à noite, assisti a 'Apenas o Fim', de Mateus Souza, que promete ser o enfant terrible do cinema brasileiro. É curioso como as pessoas já se referem a ele como 'Mateuzinho'. O garoto é estudante da PUC do Rio e fez seu filme na própria universidade, com colegas. Uma garota diz para o namorasdo que está terminando com ele, porque quer ir embora, ele pede para discutir a 'relação' e ela concede uma hora. O filme é basicamente isso - uma hora de conversa cerrada e referências 'jovens', mais o tempo dos flash-backs e o antes e depois. No total, 80 minutos. Mateuzinho também está sendo chamado de Dominguinhos, pois seu cinema tem algo da urgência do de Domingos Oliveira. As pessoas falam, se expõem, uma coisa, assim, Woody Allen. 'Apenas o Fim' é muito carioca. Pergunto-me se o filme vai pegar em São Paulo, onde será exibido na Mostra. Aguardem. Não é para todos os gostos. Tenho um amigo que viu 15 minutos e não agüentou a 'proposta'. Eu güentei e fiquei. Achei simpático. O elenco ajudou bastante. O garoto, que se chama alguma-coisa Duviver, é ótimo. Ela, Érika Mader, sobrimnha de Malu, é um encanto. Vou ter de voltar a falar de todos esses filmes, talvez só quando voltar a São Paulo, na sexta. Estou dando só um gostinho.

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