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Uma geléia geral a partir do cinema

Digressões...

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Tive agora uma experiência incrível. Fui ler os comentários sobre o Nicholas Ray, estava curioso para saber se haveria algum e encontrei o do Saymon, que comento daqui a pouco, mas antes quero falar do comentário do Malasartes. Não havia entendido a história do comunismo/capitalismo nos comentários do post sobre a China, algumas páginas atrás. Face à ironia do Malasartes, fui reler e percebi o engano. Só que o blog me fornece um instrumento que me permite corrigir os textos (e até deletar aqueles de que, por ventura, não gosto, coisa que não faço, mas não vou dizer que nunca fiz - uma vez postaram um comentário muito desagradável, e coisa pessoal, sobre uma pessoa a quem respeito. Se ainda fosse uma crítica às idéias... Não era. Assim, não dá. Deletei.) Mas vejam, fui lá agora ao texto de Jia Zhang-ke que originou a história toda e fiz a correção. Ou seja, não existe mais o erro e toda a polêmica que se segue virou uma coisa estapafúrdia. Achei muito estranho. Mil idéias vieram à minha cabeça - as gostosas que andam posando nuas, devidamente corrigidas pelo photoshp; a falsificação da história, que Woody Allen e Robert Zemeckis criticam, respectivamente, em 'Zelig' e 'Forrest Gump'; e até o Stálin foreçando Eisenstein a tirar o Trosty de 'Outubro, Dez Dias Que Abalaram o Mundo'. Não sei se vocês acreditam, mas fiquei mal, do ponto de vista ético. Mantenho, de qualquer forma, a correção, porque senão nada do que estou dizendo faria sentido, mas prometo que não vou mais fazer isso. Mantenho o erro. 'Print the legend', como diria John Ford. Quanto à pressa não ajudar - não ajuda mesmo, mas é nesses casos que vocês terminam se manifestando mais. Do ponto de vista da interação, faz sentido. Sobre erro, mais um. Minha colega Regina Cavalcanti me corrigiu outro dia no Caderno 2 - disse que eu estava escrevendo nos meus textos 'Noel Rosa - O Poeta da Vila'. Não tem o O, me disse a Regina. Só que também não tem o Rosa, e neste caso passou. Vi quantas vezes o filme do Ricardo Van Steen (do qual gosto muito)? Umas quatro. Participei até de debate com o diretor e ainda erro o título, mas neste caso não é grave. Uma Rosa a mais no Noel não prejudica. Ele merece (e o ator Rafael Raposo também). Mais grave é o que algumas pessoas andam escrevendo sobre este filme tão belo (e, pode-se dizer, incompreendido).

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