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Uma geléia geral a partir do cinema

De olho no Japão

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Uma ou duas notícias do Festival do Rio, que recebi de outras vias que não a da assessoria (nem da direção artística) do evento. Vamos ver - já me considero lá, no período integral de 25 deste mês a 9 de outubro - a versão restaurada pelo próprio Coppola de 'O Poderoso Chefão', que integra a caixa de DVDs com a trilogia completa, lançada pela Paramount. Estou sabendo que uma retrospectiva do cinema japonês deve trazer de novo ao Brasil Yoji Yamada, o Yamada-san da série 'É Triste Ser Homem' e 'O Crepúsculo do Samurai' (ou será 'Samurai do Crepúsculo'?) A retrospectiva japonesa irá depois a Belo Horizonte e lá eu sei que vão passar alguns filmes do meu amado Kobayashi, incluindo 'Rebelião', o meu favorito. 'Rebelião' também estará no Rio? Espero... Já que estou falando de cinema japonês, recebi no outro dia o DVD (da Europa) de 'Os Sete Samurais', clássico de Akira Kurosawa que a distribuidora lança no capricho, com bela capa e extras bem legais. No Japão, o 'imperador' Kurosawa era muitas vezes chamado de ocidentalizado. Mestre do paradoxo e do movimento, ele pode ter bebido na fonte do cinema hollywoodiano clássico, mas devolveu a influência para o Ocidente. 'Os Sete Samurais', transposto para o Velho Oeste, virou 'Sete Homens e Um Destino', de John Sturges, com aquele elencão (Yul Brynner, Steve McQueen, James Coburn, Charles Bronson etc). A partir de 'Rashomon', Martin Ritt fez 'Quatro Confissões', com Paul Newman, mas este eu não estou muito seguro de que seja bom - embora ame alguns trabalhos do diretor. Finalmente, Sergio Leone baseou-se em 'Yojimbo', meu Kurosawa do coração, para inventar o spaghetti western em 'Por Um Punhado de Dólares'. No Rio e em BH, olho nesses japoneses, gente.

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