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Uma geléia geral a partir do cinema

Daqui a pouco...

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Daqui a pouco saberemos qual o filme brasileiro que vai concorrer à indicação do próximo Oscar. O Brasil tem tentado todos os perfis de filmes concorrentes. Poucos chegaram a ser finalistas, nenhum ganhou a estatueta de filme estrangeiro da Academia. Este ano, 18 títulos concorrem à indicação. Quem leva? Praia do Futuro, de Karin Ainouz, e Tatuagem, de Hilton Lacerda, parecem ousados demais, mas quem sabe talvez fosse bom dar um choque na tal Academia. Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra, é muito bom, muito sólido, alguma coisa na vertente de O Segredo de Seus Olhos, mas sem o impacto do subtexto político do longa do argentino Juan José Campanella. O Menino e o Mundo, de Alê Abreu, já mostrou que tem trânsito internacional, ganhando prêmios fora do País, mas seria mais adequado se concorresse na categoria específica de melhor animação. Getúlio, de João Jardim, é um thriller político poderoso, mas tenho minhas dúvidas se seria bem acolhido. Não sobra muita coisa. Não existe pensamento ecologicamente correto que me faça gostar de Amazônia, de Philippe Ragobert. Torcia pela onça, contra aquele macaco chato. E isso nos traz a Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro. Uma love story gay, mas não hard. O fato de o protagonista ser cego. Tudo isso, no fundo, é secundário. O essencial é que o filme é bom. Quem sabe? Estou indo ver O Protetor, de Antoine Fuqua, com Denzel Washington. Visitei a ilha de edição em Los Angeles e o diretor mostrou duas cenas - um diálogo e um tiroteio - para explicar seu método de filmagem e montagem. Bem legal. Só volto a comentar com vocês os dois assuntos, o Oscar e Fuqua, depois da sessão.

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