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Uma geléia geral a partir do cinema

Cortina de fumaça

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Fui dar uma olhada rápida nos comentários e encontrei dois irados. Um do Celdani, protestando porque Mademoiselle Deneuve fumou durante a coletiva, realizada em espaço público e fechado, o que fere a legislação. Mas não fica brabo, não, Celdani. Em Cannes, quando a entrevistei, Catherine deve ter fumado uns quatro ou cinco cigarros, um atrás do outro. E quando entrevistei Jeanne Moreau, no Festival do Rio, aquela sim, era uma chaminé! Detesto fumaça de cigarro, mas tenho de admitir que agrega ao mito das duas, como é impossivel dissociar Marlene Dietrich do tabagismo na tela. Sandrine Bonnaire foi, como tu dirias, mais 'civilizada'. Antes da entrevista que me deu, e está no 'Caderno 2' de hoje, saiu para fumar no espaço externo do CineSesc. O engraçado é que fiz a mediação da coletiva da Deneuve e já havia aberto para as perguntas do público. Ela não parava de remexer na bolsa, não sabia o que era. Comecei a ficar aflito porque ela parecia desligada do contexto. Procurava os cigarros e o isqueiro. De repente, a bolsa caiu e tudo se espalhou pelo chão. 'C'est pas grave', Catherine me disse, mas recolhi os pertences da divina. Havia dólar, euro, real, creme para mãos. O outro comentário foi do Paulo Antunes. E através dele descobri que Jorge Semprun morreu. Semprun! Este vai me render um post inteiro. Daqui a pouco.

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