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Uma geléia geral a partir do cinema

Coisa de louco!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Não tive tempo de postar nada nos últimos dois dias. As capas sobre Alexandre Herchcovitch, que deu roupa nova a Zé do Caixão, no novo filme de José Mojica Marins, e o Festival de Gramado me tomaram tempo e eu tinha 'trocentas' outras matérias para apurar e escrever, além de filmes para ver. Não me queixo. Adoro a correria, mas o tempo todo pensava tenho de voltar ao blog. Estou agora na redação do Estado, em choque. Na TV à minha frente, enquanto redijo o material do dia, correm as imagem do show de abertura da Olimpíada de Pequim. No caminho para o jornal, no táxi, ouvia os correspondentes internacionais - na Europa e EUA - de rádios daqui de São Paulo. De Bush filho à imprensa européia, todo mundo critica a nova China capitalista e alguns jornais, acho que da França e da Inglaterra, compararam a abertura da Olimpíada de Pequim à de Berlim, em 1936, que Adolf Hitler transformou numa celebração do nazismo. Exageros à parte, o colosso chinês detém hoje o recorde mundial das denúncias de violações de direitos humanos. Que coisa, não? Do comunismo para o capitalismo, com imprensa controlada e direitos espoliados, a China 'eterna' moderniza-se a toque-de-caixa. Mas não quero falar de política. Cada vez que levanto a cabeça fgico boquiaberto. O que é este show de abertura, dirigido pelo Zhang Yimou? Cada quadro - ia dizer cena - é mais belo do que o outro. Artes marciais, som e luz e a expressividade do corpo humano. Aqueles dançarinos escrevendo com o corpo no papel... Coisa mais maravilhosa. A China quer fazer dessa cerimônia de abertura um marco. Está conseguindo.

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