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Uma geléia geral a partir do cinema

'Clássicos'

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

BERLIM - Alguns dos melhores filmes do festival neste ano são aqueles que, aparentemente, fogem ao espírito social e político que costuma caracterizar as obras qaue participam da Berlinale. Gostei muito de 'Chéri', o novo Stephen Frears, adaptado - pelo dramaturgo, roteirista e cineasta Christopher Hampton - do romance de Colette. Michelle Pfeiffer faz a cortesã que se apaixona por garoto, o 'chéri' do título, mas a relação é condenada. Mais do que 'Em Busca do Tempo Perdido', Frears e Hampton fizeram 'Esplendor e Decadência das Cortesãs'. Michelle, aos 50 anos, é um assombro. Nada de botox nem de plástica. A beleza um pouco passada compõe admiravelmente a personagem e o garoto também perde o viço, para que a love story entre ambosd vire emblema da Belle èpoque que vai sendo enterrada diante de nossos olhos. Belo filme. Também me surpreendi com 'Forever Enthralled', de Chen Kaige. Alguns colegas brasileiros tinham me dito que o filme era 'Adeus Meu Concubino 2'. Até tem esse lado, como perfil de Mei Langfang, um dos derradeiros grandes talentos da Ópera de Pequim, mas Kaige fez um amplo painel da relação entre o artista e o sociedade na qual se insere, ou tem dificuldade de se inserir.

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