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Uma geléia geral a partir do cinema

Chega de Saudade!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Já se passaram cinco anos desde Bicho de Sete Cabeças, mas o filme escrito pelo Luiz Bolognesi e dirigido pela mulher dele, a Laís Bodanzky, continua a ser a minha referência afetiva do cinema da retomada. Gosto muito de outros filmes - os dos meninos do Walter Salles, por exemplo, Karin Aïnouz, Marcelo Gomes e Sérgio Machado, respectivamente O Céu de Suely, triste de doer, Cinema Aspirinas e Urubus, Cidade Baixa; como esquecer também Cidade de Deus, do Fernando Meirelles, com toda a polêmica que provocou? -, mas continuo tendo um carinho todo especial pelo Bicho, algo comparável à minha paixão pelo Rocco e Seus Irmãos, de Luchino Visconti. Neste cinco anos, Laís e Bolognesi tiveram um filho, outro filho (o projeto do Cinema Mambembe) e, agora, finalmente, na semana que vem, ela volta aos sets de filmagem para fazer Chega de Saudade. O mundo visto de um clube de danças de salão. Muitos velhos, a invasão dos jovens. Ettore Scola fez, há 23 anos, O Baile, mas o filme de Laís vai ser outra coisa. O próprio título promete. Chega de Saudade. Todo filme é sempre uma aposta no escuro. Como sou um cara de paixões extremadas, pode causar espanto o que vou dizer. Torço por todo filme brasileiro, até pelos que não gosto. Quero mais é diversidade, o que não me tira o direito de ter preferências. Pelo novo filme da Laís, vou torcer ainda mais.

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