Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Cannes (2)/Um dia modorrento; onde a agitação cannoise?

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANNES - Nada de novo, nem muito interessante, na coletiva do júri. Talvez para compensar que a competição deste ano tenha tão poucas mulheres na disputa pela Palma de Ouro, Cannes organizou um júri predominantentemente feminino. Mulheres, 5 a 4, incluindo a presidente, Cate Blanchett. Os homens incluem conhecidos diretores - Denis Villeneuve, Andrey Svyagintsev, Robert Guédiguian. Cate lamentou a baixa representatividade das mulheres no cinema atual, mas, de resto, nem ela nem seus colegas defendem uma Palma de Ouro de gênero. O prêmio tem de ser para o melhor filme, e o que é esse hipotértico melhor filme? Um que apanhe o público pelo coração mas resista a uma análisae mais elaborada, que espelhe o mundo? O que seria uma Palma justa? Para chegaremos a essa escolha teríamos de passar, talvez, pela pergunta na capa da Cahiers acho que de março - Porquoi le cinéma, Por que o cinema? É muita coisa para pensar nesse primeiro dia, que, além de tudo, está sendo atípico. Pelas novas regras - a crítica vai ver os filmes com o público da gala - o dia está sendo morto. Apenas um filme, à noite e, para complicar, como é feriado - 8 de maio, a vitória dos aliados na 2.ª Guerra -, a cidade passa essa sensação de parada. A animação virá, espero, do Asghar Farhadi. Depois eu conto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.