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Uma geléia geral a partir do cinema

Candeias

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

BERLIM - Tive um dia atribulado. Comecei a manhã correndo para rever O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias e, depois, para falar com o diretor Cao Hamburger. Saí dali e sem tempo para mais nada fui ver The Good German, o novo Steven Soderbergh, que também participa da competição na Berlinale. Mais uma correria - para ver Cate Blanchett na coletiva do filme. Aí, ocorreu o pior em Berlim. Fui roubado e perdi um tempão na delegacia, fazendo ocorrência. Arranjei um tempo para mandar as matérias para o jornal, fui ver Antônia, conversei com a Tata Amaral e só agora estou conseguindo postar alguma coisa. Mil perdões, porque eu sei que vocês estão querendo acompanhar o festival através de mim, mas não posso deixar de registrar, antes de mais nada, que estou chocado. Acabo de saber da morte de Ozualdo Candeias. Moro em São Paulo há 18 anos (completados em dezembro) e é incrível como nunca falei com o Candeias. Não me lembro nem ter sido apresentado a ele, mas o conhecia, por seu trabalho. Candeias virou um grande nome do cinema brasileiro, e não apenas do marginal, quando fez A Margem, um filme visceral, do qual se pode gostar mais até por seus defeitos do que pelas virtudes. Depois ele fez aquele Hamlet caboclo que sempre me pareceu uma ousadia muito grande, além de ser muito mais bem feito, e sem perda da visceralidade. Não consigo nem ir adiante. Preciso de uma água para me recuperar. Daqui a pouco eu volto.

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