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Uma geléia geral a partir do cinema

Buraco negro

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Deixem-me contar uma, não, duas historinhas de aeroportos para vocês, já que estou ficando craque no assunto. Ontem, no Rio, no Galeão, havia gente pelo ladrão no check-in. Tinha um cara com a mulher e os filhos e um mundaréu de malas. Ele foi tirado da fila que se perdia de vista e colocado na boca do atendimento, numa situação que parecia especial. Foi pior. Todo mundo ia passando e a família, nada. Quando finalmente uma atendente chamou o cara, a mulher e ele deram aquele murro de satisfação no ar. Yes! Gente - parecia um atleta vencedor do Pan. Não era. Era só um infeliz de um passageiro querendo ser atendido no aeroporto. Vamos adiante. Vôo da Gol, ontem. Saída do Galeão. O vôo saiu com 40 minutos de atraso. Do jeito que andam as coisas, pontualissímo! Parecia coisa de britânico. Na chegada em São Paulo, a aterrissagem foi o horror de sempre. Um pipocar na pista seguido de um freio de mão do piloto que, se a gente não estivesse bem amarrado, ia ser jogado todo mundo lá para a frente. Os passageiros bateram palmas. Do lugar em que estava vi que as palmas foram puxadas por um japonesinho, feliz da vida. Mas não foi porque ele gostou da aterrissagem. Foi porque chegamos vivos! Assim não dá. Conto isso que parece piada, mas estou é com vontade de chorar. Como chegamos a este buraco negro? Como vamos sair dele, o que é pior?

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