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Uma geléia geral a partir do cinema

Brasília (o cinema) em transe

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

BRASÍLIA - Tem sido o mantra desse 49.º festival. Toda noite os diretores e suas equipes sobem ao palco do Cine Brasília vestindo camisetas com os dizeres 'Cinema contra o golpe'. A palavra de ordem é 'Primeiramente, Fora Temer, segundamente Fora Temer, eternamente Fora Temer.' O movimento foi articulado pelos próprios realizadores nas redes sociais. Não creio que, a essa altura, vá surtir algum efeito - só em 2018, mas é interessante ver como há uma unanimidade do meio artístico e acadêmico agrupado no festival quanto ao retrocesso vivido pelo País e a necessidade de reorganização dos espaços de lutas comunitárias. Continuo impedido, como jurado, de postar sobre os longas da competição - aguardem a pós-premiação. Mas tenho visto curtas que me encantaram. O melhor, para mim, até agora, na mostra competitiva, é o mineiro Constelações, de Maurílio Martins, que achei uma pequena (pelo formato) obra-prima. Mas gostei, também, na mostra brasiliense, de Das Raízes às Pontas, de Flora Egécia, sobre o cabelo afro como ferramentas de afirmação da identidade negra. Já é muito tarde para eu ficar postando sobre as qualidades desses filmes, que são imensas. Queria postar logo como uma tomada de posição. E para agradecer ao Maurílio e à Flora pelo bem que seus filmes me fizeram. Lindos!

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