Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Bela, garota do rock?

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Na sexta passada, durante meu horário na Rádio Eldorado - 8 da manhã, ao vivo -, comentava os lançamentos quando a apresentadora, a Vanessa, me perguntou sobre 'Runaways' e a Kristen Stewart. Fiquei meio intimidado e dei uma resposta meio evasiva. Queria falar sobre o que realmente penso de Kristen, que acho muito bela - a personagem de 'Crepúsculo' não tem esse nome à toa -, mas me parece muito passiva, o que termina por inspirar fantasias sado-masoquistas, e olhem que não sou mais tarado, nem pervertido, do que a média das plateias masculinas. Permitam-me voltar ao número de julho-agosto de 'Cahiers du Cinéma'. A revista dedica duas páginas inteiras à crítica do episódio mais recente da série 'Crepúsculo', que a maioria dos coleguinhas, por aqui, preferiu ignorar. Faz sentido. 'Cahiers' defende o cinema de autor, mas a revista não é louca de ignorar o público massivo, predominantemente jovem, que curte a série com Robert Pattinson. A análise é muito interessante. Privilegia Bela, isso é, Kristen e o efeito de sua personagem sobre o vampíro e o lobisomem. Ambos desejam Bela e a garota, mesmo preferindo Robert, não desautoriza o desejo que por ela sente o bofe meio lobo, meio homem. Como o texto reconhece que o cinema começa e se dilata na epiderme dos atores, há uma longa dissecação da beleza um tanto mórbida de Kristen e do uso que a direção faz dela. A conclusão é de que a humana é mais letal do que o lobo e o vampiro. Bela, segundo 'Cahiers', é a personagem que realmente vampiriza as relações em 'Crepúsculo'. Sobre 'Runaways', confesso que não tenho nada de muito bom a dizer, mas Kristen e Dakota valem o esforço. São melhores do que o filme sobre as garotas que foram as primeiras rainhas do rock, mas as divisões internas provocaram o colapso da banda.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.