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Uma geléia geral a partir do cinema

Artur, milionário... sedutor?

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Sérgio Andrade queixa-se de que tentou postar um comentário sobre John Huston e eu ignorei. Por conta disso, ele se sente indesejável no blog e despede-se - bye-bye. Diz que nunca mais vai pisar aqui (estou falando no sentido virtual, claro). Que é isso, cara? Volta, Sérgio. Se excluí teu comentário foi por alguma inabilidade técnica. Sem querer provocar o Artur, Deus me livre, mas ao digitar agora o nome dele me lembrei do 'Artur, O Milionário Sedutor', comédia de 1980 e poucos com Dudley Moore e Liza Minnelli, mais o John Gielgud que roubava a cena dos dois como mordomo (e até ganhou o Oscar de coadjuvante pelo papel). Não me lembro direito qual era o motivo da quebra, mas na seqüência o milionário perdia tudo e a mulher voltava ao batente como garçonete, lembram-se? Olhaí, Artur. Capitalismo tem dessas, mas não era para postar essa história que eu estava digitando teu nome. Não leio 'Veja' - parabéns pelos 40 anos, mas Xô -, só que ontem alguém lia o texto da revista sobre Machado de Assis e tem lá uma citação ótima, feito uma janela, em letras grandes, que eu pude ver en passant. Machado dizia mais ou menos que o dinheiro não se perde nem some no bancos, mas muda de dono. É o que eu acho, mas, enfim, sou ignorante. Como a revista, que saúda a nossa 'salvação' na capa, destaca isso no texto sobre o grande escritor, em seu centenário, fico em dúvida se foi para celebrar a sabedoria ou a ironia machadiana? Para mim, parece lúcido e é assim que funciona o capitalismo, não estou nem acrescentando se é bom ou ruim, só constatando. Mas o Artur vai insistir que eu só digo asneira. Pode ser. De qualquer maneira, não vou desejar que ele viva a experiência ficcional de Dudley Moore para cair na real.

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