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Uma geléia geral a partir do cinema

Antecipando o Oscar (2)/Meus prêmios de atores

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Meu amigo Dib Carneiro ainda não viu Spotlight - Segredos Revelados, o que pretende fazer hoje no fim da tarde, para poder torcer (ou não) pelo filme de Tom McCarthy no Oscar. Para ele, o melhor dessa safra é O Quarto de Jack. Acho que o filme de Lenny Abrahamson tem qualidades e pelo menos uma cena antológica, quando o garoto volta para o quarto e tem a sensação de que encolheu. Meu problema é que, antes de O quarto de Jack, vi o Urutau, de Bernardo Cancella Nabuco, na Mostra Foco de Tiradentes. Quando finalmente vi o Jack tive a impressão de que era a versão feel good de Urutau, transformando o limão em limonada, bem ao gosto da Academia. Brie Larson leva o Oscar de atriz, mas outro motivo que me deixa com o pé atrás em relação ao Quarto é por causa da própria Academia. Fiquei indignado porque o garoto, Jacob Tremblay, não foi indicado. Como assim? Ele é o filme. Tudo se passa por seu olhar, no limite, Jack salva a mãe, além de Jacob fornecer o diapasão para a interpretação de Brie. Mas ela ganha - senão, quem? Saoirse Ronan, por Brooklin? Por que não? Creio que Leonardo Di Caprio é tão disparado o melhor ator dessa seleção, ou entre os indicados, que me recuso a encarar outra possibilidade. Fiquei meio pasmo, ontem, quando Dib me disse que há um movimento nas redes sociais contra ele. Leo não faz 'nada' em O Regresso, tem gente que acha. Para mim, é uma interpretação intensamente física - e emocional. Ator, para Leonardo DiCaprio, e melhor fotografia, para Emmanuel Lubezki. São os dois prêmios dos quais não abriria mão, para O Regresso. Meus coadjuvantes são de Spotlight, mas o filme é considerado uma 'ensemble piece'. A Academia não vai destacar Mark Ruffalo, que já venceu na categoria, no ano passado (por Foxcatcher) nem Rachel McAdams. A tendência é que levem Mark Rylance (Ponte dos Espiões) ou Sylvester Stallone (Creed) e Kate Winslet (Steve Jobs).

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