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Uma geléia geral a partir do cinema

Alice em San Sebastián

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Vi partes (cerca de 5 minutos, mais ou menos) de A Casa de Alice, para uma reportagem que pretendo escrever sobre o novo filme de Chico Teixeira, sua primeira ficção, que será exibida dias 26 e 27 no Festival de San Sebastián. A Casa de Alice integra a seção chamada Cinema em Construçãio, que mostra filmes em processo de finalização. Para a produtora Zita Carvalhosa, será outra ótima oportunidade para afinar o corte definitivo de imagem e encontrar um parceiro para distribuição internacional. Em março, A Casa de Alice já apresentado, também como 'cinema em construção', no Festival de Toulouse. Chico Teixeira dirigiu os documentários Criaturas que Nasciam em Segredo e Carrego Comigo, sobre anões e gêmeos. A mesma delicadeza diante do estranhamento ele manifesta agora nessa história de uma família disfuncional. A protagonista, interpretada por Carla Ribas, é uma manicura de 40 anos que vive num bairro popular de São Paulo. Integrei a comissão da Petrobrás que premiou o roteiro de A Casa de Alice. O pouco que vi do material filmado me anima a expectativa. Há uma nova leva muito atraente do cinema paulista. Já vi e gostei de Os Doze Trabalhos, de Ricardo Elias; mal posso esperar para ver O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia, e Antônia, de Tata Amaral - os três estão na Première Brasil do Festival do Rio, que começa quinta. Esses três e mais A Casa de Alice, o Querô de Carlo Cortez e Cão Sem Dono, do Beto Brant (cujo roteiro é ótimo, o melhor dele nos últimos tempos), anunciam uma grande temporada do cinema paulista. Por que só do paulista? Para não ficar no bairrismo - do brasileiro.

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