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Uma geléia geral a partir do cinema

A volta do furacão

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Só para vocês ficarem morrendo de inveja. Cheguei hoje cedo no jornal, redigi a capa sobre Camila Pitanga - ficou linda - e me mandei para o HSBC Belas Artes, para assistir ao Resnais, Coeurs, que tem no Brasil somente o subtítulo original, Medos Privados em Lugares Públicos. Com um nó na cabeça, corri para a Fnac de Pinheiros, onde já me esperava... Alice Braga. A Carina de Cidade Baixa voltou ao Brasil há umas três semanas, para rever a família, dar uma geral na saúde e fazer a preparação para o papel de cega, A Rapariga dos Óculos Escuros, que vai interpretar em Blindness, de Fernando Meirelles, adaptação do romance Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago. Alice foi ontem ao Shopping Eldorado assistir à pré-estréia de Saneamento Básico. Ela adorou, achou divertidíssimo, mas talvez seja suspeita. Alice fez em abril um curta que Jorge Furtado dirigiu para o filme-múltiplo Terra Shorts. Como meio mundo no Eldorado, ontem à noite, ficou de queixo caído com o brilho de estrela de Camila Pitanga e olhem que a própria Alice, em Cidade Baixa, era aquele furacão que assolou Salvador. Mas Alice tem uma coisa muito interessante. Ela pode ser um mulherão na tela, mas ali, no café da Fnac, capuccinando - será que é assim que se dizer tomar capuccino? - era a Alicinha, molecona da Vila Madalena, meio menina, ainda. Ela própria diz que é muito moleca e tão tem temperamento para vamp. Isso é o que ela diz. Desde agosto do ano passado, Alice Braga iniciou uma carreira americana que já a levou a co-estrelar I Am Legend, com Will Smith, e a, em seguida, engrenar o super-blockbuster com o novo filme de David Mamet sobre jiu-jitsu, do qual também participa Rodrigo Santoro. Há quase um ano que Alice tem vivido entre Nova York e Los Angeles. Ela veio curtir a família, os amigos e amanhã segue para Toronto, onde já está Fernando Meirelles, para iniciar, no dia 26, a filmagem de Blindness. Alice jurou - ela não pôde ir a Cannes, para a exibição de A Via Láctea na Semana da Crítica, mas ama o filme de Lina Chamie - que tem uma pegada 'tão poética', como diz - e quer, acima de tudo, participar do lançamento no Brasil. Alice quer fazer teatro (aqui) e TV (é louca para participar de uma minissérie). Novidades, muitas novidades que vão me render, espero, uma grande matéria. Estou só dando o gostinho para vocês.

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