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Uma geléia geral a partir do cinema

A Vida dos Outros

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Nem tive tempo de olhar os comentários de vocês sobre os posts de ontem, mas quero dizer o seguinte. saí ontem da redação, almocei e tentei ver 'Across the Universe'. Não conseguiu. O filme de Julie Taymor, tratado a pontapés pelos coleguinhas, parece que foi descoberto pelo público, agora que ficou num circuito reduzido. Fui ao Unibanco e estava com lotação esgotada para duas sessões consecutivas. Como ainda não havia revisto 'A Vida dos Outros', que vi no exterior, resolvi entrar. Levei um choque e vou ter de falar de novo, e muito, do filme do alemão Florian Henckel von Donnersmarck. Quando o vi pela primeira vez, o ator que faz o policial da Stasi, Ülrich Muhe, ainda estava vivo. Ontem, já estava muito emocionado, mas aquele final na cara dele, a imagem parada, me caiu como um raio. O diretor certamente não pensava naquilo como uma homenagem à grande arte de Ülrich, mas agora aquela é sua última imagem na tela, algo premonitório. Que filme! Confesso que estava tendo de optar entre 'Ratatouille' e 'Em Busca da Vida' (Still Life), do Jia Zhang-ke, já que preciso escrever sobre apenas um filme como melhor estrangeiro do ano. Se fosse nacional, seria o 'Jogo de Cena', do Coutinho, mas, aliás, outro dia também me bagunçaram porque, quando disse isso, um amigo retrucou - 'Não parece; passaste um entusiasmo muito maior pelo Santiago, do João Moreira Salles'. Traído pelo próprio texto... Agora, é o seguinte. Estou tendo de ir para o aeroporto porque embarco pelo Rio onde entrevisto à tarde... Sorry, mas não vou dizer. Fico antecipando as reportagens do 'Caderno 2' e elas terminam saindo em outros jornais. Melhor esperar.

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