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Uma geléia geral a partir do cinema

A felicidade de Agnès

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Falei em 'A Hora do Lobo' como um belo Bergman, no sentido da beleza visual mesmo, e me lembrei de que ontem, na Cultura, dei uma olhada na estante de DVDs e lá estava, entre 1001 (outros) títulos, 'Le Bonheur'. Já me havia referido aqui, em outra ocasião, ao filme de Agnès Varda, de 1963, lançado no Brasil como 'As Duas Faces da Felicidade', justamente por sua beleza visual. A cor naquele filme é uma coisa maravilhosa, uma explosão de luz solar que a diretora embala na música (Mozart) para contar a história desse homem que atinge sua plenitude viril com duas mulheres, a esposa e a outra, mas a esposa não entende isso - talvez por sua mentalidade pequeno-burguesa - e faz uma radical saída de cena. De certo, ela esperava que ele fosse feliz com a outra, mas na verdade ela condena o personagem à infelicidade e muito bem pode ser uma derradeira vingança, saber que ele não conseguirá ser plenamente feliz só com uma. Não me lembro se, na época do post anterior, vocês comentaram que 'As Duas Faces da Felicidade1' havia sido lançado em DVD no Brasil. Pois foi. Comprem, vejam. E rezem para que passe aqui o novo filme de Varda, 'Les Plages d'Agnès', uma obra-prima (eu achei).

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