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Opinião|Cleber Papa não é mais diretor artístico do Teatro Municipal

Diretor foi demitido na manhã de hoje. Novo contrato de gestão, com o Instituto Odeon, ainda não foi assinado, mas uma lista com novos nomes já foi enviada pela entidade à Secretaria Municipal de Cultura

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Foto do author João Luiz Sampaio
Atualização:

Cleber Papa não é mais diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo. Ele foi demitido na manhã de hoje pelo Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC) ao lado de outros vinte funcionários, que receberam a informação de que não estavam na lista de pessoas que teriam contratos migrados para a nova organização social que será responsável pela gestão do teatro e de seus corpos artísticos, o Instituto Odeon.

 Foto: Estadão

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"A nova OS tem a obrigação de contratar todos os artistas da casa, os mas pode fazer mudanças em outros postos. Eles entenderam que era o caso de substituir o Cleber, então pediram ao IBGC que o demitissem. Mas é importante que fique claro que essas demissões não tem nada a ver com corte de pessoal ou coisa do tipo, são apenas substituições. Sobre o caso do Cleber, eu acho pessoalmente uma decisão ruim, acho que o trabalho que vinha sendo feito era muito bom, mas não cabe a mim pressionar a instituição", diz o secretário municipal de Cultura André Sturm, ressaltando, no entanto, que o nome precisa ser aprovado pela secretaria.

O contrato do IBGC com a prefeitura se encerrou na última quarta-feira. O Instituto Odeon afirma que vai se pronunciar apenas na segunda-feira sobre o novo contrato com o Municipal, que segundo a entidade ainda não foi assinado. Espera-se também para segunda o anúncio do novo diretor. "Tem que ser um processo rápido", diz Sturm.

Uma lista de seis nomes já foi enviada para a secretaria. O conteúdo oficial não foi divulgado, mas o blog apurou que ela traz os nomes do maestro Luiz Fernando Malheiro, do jornalista Nelson Rubens Kunze, do compositor João Guilherme Ripper, ex-diretor do Teatro Municipal do Rio, do atual diretor da casa, André Heller-Lopes, do produtor cultural José Roberto Walker, e do ex-superintendente da Cultura Artística Gerald Peret.

Na tarde de hoje, Papa disse em entrevista que "espera que o teatro tenha um bom caminho". "O mais importante agora são os funcionários que lá estão e que as atividades continuem. Eu deixo o posto do teatro com 174 apresentações realizadas e 120.500 pessoas na plateia assistindo os espetáculos", disse.

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Post atualizado às 19h40

Opinião por João Luiz Sampaio

É jornalista e crítico musical, autor de "Ópera à Brasileira", "Antônio Meneses: Arquitetura da Emoção" e "Guiomar Novas do Brasil", entre outros livros; foi editor - assistente dos suplementos "Cultura" e "Sabático" e do "Caderno 2"

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