Bom, o plano não deu certo. Só este ano, Freire já esteve na Rússia, no Oriente Médio, na América Latina, na Europa - e daqui a pouco volta ao Brasil, em setembro, como solista da Philarmonia Orchestra, que será regida por Vladimir Ashkenazy em concertos da temporada do Mozarteum Brasileiro.
E Freire chega, desta vez, com mais dois novos discos na bagagem: em um deles, interpreta o Concerto Imperador, de Beethoven, com a Orquestra do Gewandhaus, de Leipzig, regida por Riccardo Chailly; no outro, na verdade uma caixa com três discos, estão reunidas gravações suas feitas ao vivo nos anos 60 e 70.
Beethoven é uma das especialidades de Freire - e o resultado da parceria com o maestro Chailly nos concertos de Brahms, lançados há alguns anos, só fazem aumentar a expectativa pelo ábum, ainda mais porque, pelo que se fala, ele abre uma série de discos que terá os cinco concertos para piano do compositor. Em tempo: o pianista vai interpretar justamente o Imperador nos concertos com Ashkenazy.
E, enquanto esperamos a chegada dos discos: o canal Arte 1 hoje exibe, às 20h30, o documentário sobre o pianista feito por João Moreira Salles. Luiz Carlos Merten costuma me dizer que ainda não chegou o dia em que ele vai levar a sério minhas opiniões sobre cinema, então nem vou arriscar dizer o que penso do filme - a não ser, claro, para falar que o documentário me parece, na forma, o melhor retrato - talvez o único possível - do músico e homem que é Nelson Freire. O mesmo canal, aliás, exibe, no dia 10, às 22h30, um recital dado por Freire no Festival de Verbier, na Suíça.
Ou seja, nas próximas semanas, cinco vezes Nelson Freire. E nunca parece ser demais...
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