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Literatura infantil e outras histórias

Você conhece o Prêmio João de Barro?

Premiação é a única no Brasil por premiar o livro ilustrado, objeto em que texto, imagem e projeto gráfico se relacionam de forma tão íntima que é difícil desassociá-los; em 2016, Aline Abreu venceu com 'Quase Ninguém Viu'

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Por Bia Reis
Atualização:

Criado em 1974 pela prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, o Prêmio João de Barro é único no Brasil por premiar o livro ilustrado, objeto em que texto, imagem e projeto gráfico se relacionam de forma tão íntima que é difícil desassociá-los. Isso significa que os jurados analisam a relação que as três linguagem estabelecem entre si e não cada uma separadamente, como faz a maioria dos prêmios, que premia o escritor pelo texto, o ilustrador pelas ilustrações e o designer pelo projeto gráfico. Outra diferença do João de Barro é que o livro ilustrado analisado deve ser inédito.

 

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Neste ano, a obra vencedora do João de Barro na categoria ilustração foi Quase Ninguém Viu, da escritora e ilustradora Aline Abreu. Em sua decisão, o júri - formado pelo editor Adilson Miguel, da Edições SM; o professor André Melo Mendes, da Universidade Federal de Minas Gerais; e a ilustradora Anna Cunha - apontou que o livro tem "originalidade e qualidade gráfica que refletem um tratamento esteticamente ousado. As ilustrações são impressionantes, o que faz da composição visual o ponto alto da obra. A narrativa integra bem o texto e a imagem produzindo um livro atraente".

O prêmio é um dos mais antigos no Brasil, mas a categoria livro ilustrado foi criada recentemente, em 2011. Participaram das discussões que levaram à reformulação a secretária-geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), a editora Isabel Lopes Coelho, que trabalhava na época na CosacNaify e hoje está na FTD, e o escritor e ilustrador Nelson Cruz.

Naquele ano, o júri formado pelos autores Marilda Castanha e Nelson de Oliveira e pela editora Dolores Prades, da Revista Emília, premiou Psssssssssssssiu!, obra de Silvana Tavano e Daniel Kondo. Em 2013 - o João de Barro é bienal -, Odilon Moraes venceu com Rosa, em escolha definida por Angela Lago, Maíra Lacerda e Marcelo Del'Anhol.

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