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Literatura infantil e outras histórias

Flip expõe interesse do público adulto pela literatura infantil

Adultos lotaram Flipinha e participaram de debates paralelos com autores de literatura infantil, além de acompanharem mesas de temas políticos, como sobre o Fundo Nacional Pró-Leitura

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Por Bia Reis
Atualização:
 Foto: Estadão

A 13ª edição da Flipinha acabou neste domingo, 5, e expôs o tamanho do interesse do público adulto pela literatura infantil.

A Ciranda dos Autores, realizada na Tenda da Flipinha - espaço com palco ao lado da Praça da Matriz, semelhante à Tenda dos Autores, dedicada à literatura em geral -, recebeu em muitos horários um público formado majoritariamente por adultos, deixando mediadores confusos. Afinal, o diálogo era com adultos ou crianças?

Luiz Ruffato e Claudio Fragata na Ciranda dos Autores, na Tenda da Flipinha Foto: Estadão

Funcionaram melhor as Rodas de Conversa ocorridas na Biblioteca Casa Azul, no antigo cinema do centro. Lá, com crianças da rede pública de Paraty e seus professores, os autores se sentaram pertinho dos seus leitores. Eles contaram histórias, leram livros, falaram da vida e responderam às perguntas das crianças, que os filmavam e fotografavam.

Tino Freitas e Alessandra Roscoe pertinho das crianças nas Rodas de Conversas Foto: Estadão

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Eventos paralelos à Flip com autores de literatura infantil também estiveram cheios de adultos, que se emocionaram com contações de histórias e debateram processo criativo, ilustração, formação do leitor e mediação de leitura. A programação da editora Rocco, que levou Odilon Moraes, Alexandre Rampazo e Paula Browne, entre outros autores, foi um dos destaques. O Centro Cultural Sesc Paraty levou Tino Freitas e Roger Mello.

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Alexandre Rampazo e Paula Browne na programação da editora Rocco Foto: Estadão

Roger Mello (à esq.) no Centro Cultural Sesc Paraty Foto: Estadão

Outro ponto algo foram as discussões mais políticas, realizadas na Casa de Cultura de Paraty e na Câmara Municipal. A mesa aberta Fundo Nacional Pró-Leitura: Uma Política Necessária reuniu o deputado federal Rafael Motta (Pros-RN); o secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura, do Ministério da Cultura, José Castilho Neto; o presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Luís Torelli; e o coordenador do programa Prazer em Ler, do Instituto C&A, Vôlnei Canônica. Eles destacaram a importância do investimento governamental para a construção de um país leitor e discutiram os desafios que se impõem.

Fundo Nacional Pró-Leitura: Uma Política Necessária foi o tema de uma mesa aberta na Casa de Cultura de Paraty Foto: Estadão

Na Câmara Municipal, outra mesa aberta - Eventos Literários: Como Contribuir para a Construção de Uma Sociedade Leitora - colocou lado a lado a diretora superintendente da Fundação Casa Azul (realizadora da Flip), Belita Costa Cermelli; a ex-coordenadora da Jornada de Passo Fundo (RS), Tania Mariza Rosing; a coordenadora do Fórum das Letras (MG), Guiomar Grammont; e a ex-coordenadora da Caravana dos Escritores, do Ministério da Cultura, a escritora Suzana Vargas. A discussão girou de torno do que faz um evento literário ser de fato relevante e com possibilidades reais de transformação.

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Da mesma forma que a organização da Flip acertou neste ano ao incorporar a ciência à programação, com o neurocientista Sidarta Ribeiro, acertará se, nas próximas edições, levar a literatura infantil para a Tenda dos Autores. Há, sim, adultos ansiosos pela discussão.

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