Paris, 1911.
PRIMEIRA ESTAÇÃO
Acabou. Nós julgamos Deus e nós o condenamos à morte. Não queremos mais Jesus Cristo conosco, pois ele nos constrange. Não temos outro rei além de César! só a lei do sangue e do ouro é forte! Crucificai-o, se o quereis, mas nos desvencilhem dele! levem-no longe! Tolle! Tolle! Tanto pior! pois é preciso, que o imolem e nos deem Barrabás!
Pilatos se senta no lugar chamado Gabatá. "Não tens nada a dizer?" diz Pilatos. E Jesus não responderá. "-- Eu não vejo nenhum mal neste homem", diz Pilatos, "mas bah! Que morra, se querem tanto! Eu vô-lo dou. Ecce homo."
Eis aí, a coroa na cabeça e a púrpura no ombro. Uma última vez a nós estes olhos plenos de lágrimas e sangue se dão! Que podemos nós? de guardá-lo mais conosco já não há mais condição. Tal como ele foi um escândalo para os judeus, foi um nonsense em nossa opinião. De resto, nada falta, em língua hebraica, grega e latina foi lavrada a decisão. E vemos o povo que grita e o juiz que lava a sua mão.
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